segunda-feira, 24 de maio de 2010

A PAZ ENTRE OS SEXOS


Quando a paixão acontece, o possível se faz presente. Tudo fica cor de rosa, a gente sente um bem estar indescritível, nos sentimos fortes e prontos para conquistar o mundo. E queríamos que esta sensação durasse para sempre...

Infelizmente não dura e quando acaba vem a clássica frase: “Aí ele(ela) se mostrou como é”. Neste momento, a pessoa em questão, se sente enganada pelo(a) parceiro(a), que parece ter se mascarado só para nos impressionar. Na verdade, é o estado de estar apaixonada(o) que nos cega para a realidade. Quando a euforia e a inebriação passam, quem mostra a sua face é o próprio relacionamento.
O próximo passo é a instalação da guerra. O que antes era harmonia, companheirismo e apoio mútuo transforma-se em disputa, competição e luta pelo poder. Começam as acusações, e acusar o outro serve para se manter neste poder e mostrar “como eu sou melhor que você”. No passado o homem subjugava a mulher mostrando quem mandava de fato. Hoje ela não aceita mais este comando, porque é ela própria quem quer ditar as regras.
Outro fator a ser ressaltado é a natureza bélica do ser humano. Antes a luta era pela sobrevivência física (busca pelos alimentos). Hoje a luta é pela sobrevivência psíquica e emocional (busca pelo reconhecimento e afeto). E nesta disputa sem fim constrói-se a guerra, ao invés do amor. Nesta busca frenética pela sobrevivência, ele fica relegado a segundo plano e acaba sucumbindo.
Tudo indica que nesta guerra o que importa é ganhar, e não ser feliz. Sendo que, no final, todos somos vítimas.

Quando a paixão acaba é a hora de construir o amor. Sim, o amor se constrói. Ele é uma arte e como toda arte necessita de dedicação e esforço.
Essa construção é feita:
- Dialogando. Sem diálogo não há sedução (hoje em dia a sedução tornou-se uma agressão sexual).
- Procurando descobrir onde eu posso melhorar para melhorar meu relacionamento.
- Estimulando o desenvolvimento do(a) parceiro(a), ao invés de tentar mudá-lo(a).
E o mais importante para o estabelecimento da paz e do amor: é preciso que ambos sintam que estão do mesmo lado.
"Geisa Machado"

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